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Chuva de granizo destrói plantações de batata e milho no Sul de Minas

A Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) em Andradas, no Sul de Minas, fez um levantamento das áreas atingidas após temporal acompanhado de granizo nessa quarta-feira (8/12). Cerca de sete hectares de plantações de milho e batata foram cobertos pelo gelo. As lavouras não têm seguro e são custeadas com recursos próprios.

Antônia de Oliveira mora no bairro Boa Vista, distrito de Campestrinho, e fez as imagens que circularam as redes sociais. “Foi à tarde. Estava sol, e, de repente, o tempo fechou, a chuva caiu e começou bastante pedra. O temporal mesmo foi rápido, meia hora. Na hora, estava no telefone com minha família e registrei o momento”, conta.

Ela é produtora rural há 30 anos. No local, Antônia tem plantação de milho, feijão e um pouco de café. “O que mais estragou foi o milho, que a gente usa para fazer silagem para as vacas. Já tivemos prejuízo recentemente com a geada. Agora que começou a chuva e ficou tudo verdinho, aconteceu isso”, diz.

Moradores do bairro Boa Vista, no distrito de Campestrinho, em Andradas (MG), registraram local ‘coberto de neve’ — Foto: Antônia Oliveira

Moradores do bairro Boa Vista, no distrito de Campestrinho, em Andradas (MG), registraram local "coberto de neve".

Segundo a produtora rural, desde que ela mora no local, nunca tinha presenciado uma chuva assim. “Já vimos isso na tv, mas aqui não. Para você ter uma ideia, até agora, tem pedras de gelo no chão. Foi triste, mas a imagem ficou até bonita”, explica.

Nesta quinta-feira (9/12), o Emater fez um levantamento das áreas atingidas. O instituto informou que a chuva destruiu sete hectares de plantação, entre eles três são de batata e quatro hectares de milho, grãos e silagem, além de cerca de mil covas de café.

Moradores do bairro Boa Vista, no distrito de Campestrinho, em Andradas (MG), registraram local ‘coberto de neve’ — Foto: Antônia Oliveira

“Houve chuva de granizo em alguns bairros, mas muito leve. A situação foi mais grave e causou prejuízos no bairro Boa Vista, mas as lavouras são custeadas com recursos próprios e não têm seguro”, informa a empresa.

A plantação de batata é do "seu" Márcio, que não sabe o que fazer. Ele conta que perdeu cerca de 144 caixas de batata. “Foi triste, a coisa foi feia. A gente que está acostumado acordar cedo para trabalhar. Hoje fui e voltei”, lamenta Márcio Cândido.

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