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Penas dos crimes imputados pela CPI a Bolsonaro somam 100 anos de prisão

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Na divulgação do relatório final da CPI que investiga falhas na atuação do governo federal na pandemia, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) se consolidou como principal alvo dos senadores, ao ser indiciado por nove crimes. Apesar da retirada da acusação de genocídio, após uma reunião com parlamentares governistas e considerados de centro, a presidência da Comissão ainda conseguiu imputar a Bolsonaro crimes contra a vida.

Crime de epidemia com resultado de morte; infração a medidas sanitárias preventivas; charlatanismo; prevaricação; emprego irregular de verba pública; incitação ao crime; falsificação de documentos particulares; crime de responsabilidade; crimes contra a humanidade, como extermínio. De acordo com o vice-presidente da CPI, senador Randolfe Rodrigues (Rede - AP), somadas as penas devem ultrapassar 100 anos de prisão.

Para esta quarta (20.out) aconteceu apenas a leitura deste relatório, que indicia também outras 70 pessoas, entre elas os filhos do presidente da república, Carlos, Eduardo e Flávio Bolsonaro, além de uma pessoa jurídica, a Precisa Medicamentos, que tentou vender vacina supostamente superfaturada ao governo federal. O Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga e o ex, Eduardo Pazuello, também serão indiciados. 

Na terça da semana que vem (26.out) está prevista a votação do relatório no Senado. E no dia seguinte, o documento será apresentado à Procuradoria Geral da República (PGR), liderado por Augusto Aras, considerado aliado de Jair Bolsonaro. "O relatório tá substanciado, com bases técnicas. Quem for arquivar esse relatório vai ter muito trabalho pra justificar", disse Randolfe, ao responder sobre uma eventual resistência do Procurador Geral em relação ao texto.

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