.

Servidor de Extrema é encontrado morto, com mãos amarradas e corpo queimado

Um servidor da Secretaria de Recursos Humanos da prefeitura de Extrema, foi encontrado morto em sua casa, com as mãos amarradas e o corpo parcialmente queimado, na manhã deste domingo, 24.

César Augusto de Oliveira, de 48 anos, foi encontrado pela irmã, que mora em um imóvel no mesmo terreno da vítima. Ela tentava falar com Oliveira, sem sucesso, então, foi procurá-lo em sua casa.

Ela o teria encontrado no quarto, sem roupas, deitado sobre a cama, com as mãos amarradas. Oliveira já estava morto. O colchão sobre o qual está a o corpo também estava parcialmente queimado.

O Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar foram acionados. A Polícia Civil também esteve no local com a perícia técnica, que colheu evidências da cena do crime. O corpo do servidor foi levado para o IML de São Lourenço.

Ainda neste domingo, a Polícia Militar prendeu um homem de 29 anos suspeito de ser o autor do assassinato.

Ele confessou ter saído de um bar com a vítima e ido até sua casa, onde, após um desentendimento, a teria estrangulado com um ‘mata-leão’, deixando-a desacordada, amarrando-a e amordaçando-a logo depois. O homem disse à polícia que não se lembra de todos os detalhes da noite, por estar sob o efeito de drogas.

As autoridades chegaram até o suspeito após conversar com amigos do servidor, que contaram tê-lo visto saindo de um bar com um rapaz, entre o final da noite de sábado e início da madrugada deste domingo.

Imagens de câmeras de segurança próximas do estabelecimento ajudaram na identificação do suspeito. Ele foi encontrado na casa de sua mãe.

O suspeito ainda contou à polícia que teria ido ao bar tentar vender um celular por R$ 20,00, dinheiro que usaria para comprar drogas. Foi quando, ainda de acordo com a versão do suspeito, Oliveira o teria convidado para ir até sua casa consumir drogas. 

O desentendimento que provocaria as agressões, sempre de acordo com a versão inicial dada pelo suspeito, foi a descoberta de que a vítima não teria as drogas prometidas.

A Prefeitura de Extrema publicou uma nota de pesar em seu perfil oficial nas redes sociais. César integrava a equipe de Recursos Humanos do município.

Na nota, o município lamenta a morte do servidor e diz confiar no trabalho das autoridades para elucidar o caso.

Quem também se posicionou nas redes sociais foi o Coletivo LGBT de Extrema. O grupo menciona a suspeita de que a morte tenha sido motivada por homofobia.

“A suspeita de um assassinato com motivação homofóbica dá um nó na garganta, um mal-estar e uma angústia difícil de lidar. Inicialmente, a gente nega, tentando encontrar outras possíveis explicações. Depois quando as notícias não param de chegar fica uma sensação de desconforto e impotência”, registra um trecho do post publicado pelo Coletivo.

Informações g1 Sul de Minas

Desenvolvedor