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Quinze servidores são presos em operação contra irregularidades no Detran-MG

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Da Itatiaia | Por Raíssa Oliveira

Quinze pessoas foram presas durante uma operação da Corregedoria de Polícia Civil de Minas Gerais, em conjunto com o Ministério Público (MPMG), nesta sexta-feira (12), para o combate a irregularidades referentes ao Departamento de Trânsito de Minas Gerais (Detran-MG). Dentre os alvos detidos, nove são delegados, investigadores de polícia e servidores administrativos. A ação ocorreu em seis cidades de Minas Gerais.

De acordo com a Polícia Civil, essa é uma das maiores operações já realizada pela instituição no combate à corrupção em atividades executadas dentro do Detran. Além dos mandados de prisão, foram cumpridos 58 mandados de busca e apreensão nas residências, empresas e locais de trabalho dos investigados. As ordens foram expedidas a partir de representação da Corregedoria Geral de Polícia Civil.

Segundo a PC, as investigações começaram em março de 2019 após circulação de áudios nas redes sociais que indicariam fraudes dentro do Detran. Nesta sexta-feira, a "Operação Seca Fonte" foi deflagrada pela Corregedoria de Polícia Civil, em conjunto com o MP e com participação do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco). A ação ocorreu em seis cidades do estado: Belo Horizonte, Vespasiano, Contagem, Santa Luzia, Igarapé e Guaxupé.

Os envolvidos são investigados pela prática de crimes de corrupção ativa, corrupção passiva, falsidade ideológica, organização criminosa, lavagem de dinheiro ou ocultação de bens.

A chefe de gabinete da PCMG, Águeda Bueno Nascimento Homem, ressalta que a operação contou com o apoio irrestrito da chefia da PCMG e do governador do Estado. “Essa operação demonstra a nossa seriedade no combate à corrupção e no combate ao desvio de conduta na instituição”, destaca.

O atual diretor geral do Detran-MG, delegado Eurico da Cunha Neto, afirmou que a instituição está dando apoio integral para que os trabalhos da Corregedoria possam ser efetuados. “Essa administração ela preza pela legalidade e moralidade. Tudo que acontecer foram disso tem que ser alvo de investigação e combate. E as pessoas que infelizmente não seguem essa conduta devem ser punidas. Então a Corregedoria tem nosso apoio irrestrito”, garantiu. 

Representando o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), por meio do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), o promotor Gabriel Pereira de Mendonça pontuou que o órgão vem acompanhando as investigações conduzidas pela Corregedoria da PCMG e destacou a importância do trabalho integrado em ações envolvendo as forças de segurança pública.     

“As investigações correm em sigilo de Justiça, e continuarão em tramitação na Corregedoria-Geral de Polícia, com acompanhamento do Gaeco e da Promotoria da Vara de Inquéritos Policiais”, finaliza. 

Conforme a PC, as investigações encontram-se agora em curso na Corregedoria Geral de Polícia, sob sigilo, e por isso as irregularidades apuradas não serão detalhadas neste momento.

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