O ministro da Economia, Paulo Guedes, reforçou o desejo da equipe econômica de privatizar a Petrobras. Em um discurso no Palácio do Planalto, ao lado do presidente Jair Bolsonaro, ele questionou por que não “pensar ousadamente” sobre a estatal.
Nesta segunda-feira (25), Bolsonaro afirmou que a venda da empresa “entrou no radar” do governo, mas é “complicada”. Na semana anterior, disse que estudaria opções para a Petrobras, sinalizando que poderia avançar com a desestatização.
Paulo Guedes apontou que, desde que o presidente cogitou privatizar a petrolífera, as ações da Petrobras subiram em mais de 6% nesta segunda. De acordo com o ministro, nas próximas semanas o ganho pode ser de mais de R$ 100 bilhões de reaisem valor de mercado. Hoje, a empresa é avaliada em R$ 384,5 bilhões.
“Bastou o presidente dizer ‘olha, vamos estudar o problema’. O negócio sobe 6% de repente. Mais duas, três semanas, se isso acontece, são R$ 100, 150 bilhões criados. Isso não existia, é uma riqueza que estava destruída”, disse o ministro.
Guedes ainda pediu pressa na privatização da Petrobras. Na visão do ministro, existe um risco de a estatal se desvalorizar com a adoção de fontes renováveis de energia em detrimento do petróleo.
“E se daqui a 10, 15, 20 anos o mundo todo migrou para a energia elétrica, hidrogênio, nêutron, energia nuclear e [combustível] fóssil for abandonado? A Petrobras vai valer zero daqui a 30 anos. E o que que nós fizemos? Deixamos o petróleo lá embaixo, com a placa de monopólio estatal em cima e não tiramos o petróleo. Ora, o objetivo é tirar esse petróleo o mais rápido possível e transformar em educação, treinamento, tecnologia.”
Paulo Guedes ainda relembrou escândalos de corrupção na Petrobras ao dizer que quando o petróleo saía do chão, era “com corrupção” e que “houve a maior roubalheira da história no petrolão”.
Nesta segunda (25), a estatal anunciouum novo aumento nos preços dos combustíveis.
Venda de ações da Petrobras
Segundo informação publicada pela CNN Brasil, o governo estuda enviar ao Congresso um projeto de lei que permita à União vender ações da Petrobras, de forma que ela deixaria de ser a acionista majoritária da empresa. Porém, o governo permaneceria com o direito de indicar o presidente da companhia e vetar operações.
A informação foi confirmada pelo líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), à Reuters. O parlamentar não confirmou se o projeto seria enviado já neste ano
"Primeiro precisamos avançar com os Correios. Se lograrmos êxito como espero, aí acho que ótima para entrar na pauta de prioridades".
O Tempo