A morte de uma criança em Itajubá, no Sul de Minas, na noite desta quinta-feira (13), está sendo investigada pela Polícia Civil em decorrência das circunstâncias suspeitas de crime de infanticídio com agravante de abuso sexual. As conclusões da PC, porém, confrontam com as informações da Polícia Militar constadas no Boletim de Ocorrência.
A Polícia Militar registrou que a menina Emilly Vitória Fonseca de Oliveira, de 4 anos, morreu após dar entrada no hospital de Itajubá, para onde foi levada por familiares. Ela morava com a mãe, o padrasto e mais duas irmãs de 6 e 8 anos, na localidade conhecida como Serra dos Toledos, área rural do município.
A mãe e o padrasto contaram que foram deitar e momentos depois perceberam que a criança estava passando mal, soltando uma espuma pela boca. Na unidade de saúde, ela não reagiu aos procedimentos e faleceu cerca de 55 minutos após dar entrada no hospital.
A equipe médica que fez o atendimento relatou que Emilly apresentava hematomas no corpo e havia suspeita de violência sexual. Diante da situação, o Conselho Tutelar foi acionado para acompanhar o caso.
Mediante às informações preliminares da equipe médica, a Polícia Militar registrou a ocorrência como estupro de vulnerável consumado. A tese ganha mais sustentação com as revelações do Conselho Tutelar de que a mãe e o padrasto já têm histórico de possíveis agressões à criança. O órgão ainda recomendou que as outras duas meninas da família, de 6 e 8 anos, permanecessem a partir de agora sob a guarda de uma tia, até que os fatos sejam esclarecidos.
Por sua vez, através do 17º Departamento Regional em Pouso Alegre, mas que abrange Itajubá, a Polícia Civil informou em nota na tarde dessa sexta-feira (14) que está investigando o caso. Entretanto, afirmou que os exames periciais não constataram violência sexual. Mas foi colhido material genético para a realização de outros exames. Veja o que disse a Polícia Civil:
NOTA
“Sobre a morte da criança de 4 anos em Itajubá, a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) esclarece que a vítima foi levada ao hospital pela família e, após o atendimento, não reagiu e evoluiu a óbito. Exames periciais realizados pelo Posto Médico Legal da PCMG não constatou sinais de violência sexual e a causa da morte ainda não foi determinada. Foi colhido material genético para realização de outros exames. As circunstâncias do fato estão sendo investigadas com total zelo e transparência, e ainda não é possível afirmar se a morte decorreu de conduta criminosa”.
Fonte: Portal da Cidade Pouso Alegre, com informações de PMMG e PCMG