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Brasileiro troca chester por frango de padaria para economizar no Natal

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André Luís de Carvalho Pacheco, 44, pretende reunir a família para comemorar o Natal neste ano, após o período marcado pelas restrições da pandemia de Covid-19.

Mas, como a inflação dos alimentos segue em patamar elevado, o morador do Rio de Janeiro busca opções para economizar na ceia.

Uma delas já está definida: Pacheco vai substituir o chester, tradicional ave do período natalino, pelo frango de padaria.

Além de gastar menos com o principal produto da ceia, ele planeja poupar o gás de cozinha, outro item que ficou mais caro no país.

"Vou gastar uns R$ 36 para comprar um frango na padaria. O chester sairia bem mais caro, sem contar o trabalho de assar no forno", diz Pacheco, que é camelô e tem uma barraca de yakissoba na capital fluminense.

A exemplo dele, outros brasileiros também estão procurando alternativas para comemorar o Natal sem pressionar tanto o bolso.

O índice geral de inflação teve trégua no segundo semestre deste ano, mas os preços da comida ainda mostram alta de dois dígitos.

O grupo alimentação e bebidas avançou 11,84% no acumulado de 12 meses até novembro, segundo o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). É o dobro da inflação geral medida pelo indicador oficial no mesmo período (5,90%).

A estudante de publicidade e propaganda Camila Mazzochin, 21, afirma que a ceia de Natal da sua família não terá carne pela primeira vez.

A moradora de Caxias do Sul (a cerca de 120 km de Porto Alegre), na serra gaúcha, é a única vegetariana da casa. Porém, como os preços da proteína animal subiram nos últimos anos, o consumo domiciliar foi reduzido.

"Minha família passou a consumir menos carne, e este ano a gente pensou em fazer algo diferente", conta a jovem.

Para economizar com legumes e hortaliças em uma ceia para cinco pessoas, Camila aposta na horta cultivada por sua mãe. Os preços de hortifrúti foram pressionados pelo clima adverso no primeiro semestre do ano.

"A horta tem ajudado bastante a economizar", relata a jovem.

A família da economista Evânia Rodrigues, 35, também planeja mudanças para o cardápio do Natal de 2022. Segundo a moradora de João Pessoa, toda a ceia será preparada em casa.

Até o ano passado, uma parte da refeição era comprada de um bufê, incluindo pratos como salpicão, lasanha e estrogonofe.

Apesar de os alimentos para consumo no domicílio terem subido no ano, Evânia projeta uma economia de 50% a 60% nas despesas com a troca -a ceia será para 14 pessoas.

"Nos últimos dois anos, a gente comprava uma parte da ceia. Agora, resolvemos fazer por conta própria", afirma a moradora da capital paraibana.

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