O motorista do carro que atropelou uma mulher e fugiu sem prestar socorro, em Pouso Alegre (MG), prestou depoimento à Polícia Civil nesta quinta-feira (7). De acordo com a polícia, o homem de 44 anos alegou que estava com uma emergência familiar no veículo. O proprietário do carro, de 37 anos, também foi ouvido.
Segundo a polícia, eles se comprometeram a prestar a assistência necessária à vítima e vão responder por crime de trânsito e omissão de socorro.
Valéria Pijanowsski Andrade, de 55 anos, foi a mulher atropelada na porta da própria casa enquanto lavava a calçada e parte da rua.
De acordo com a família, ela teve ferimentos graves, quebrou três costelas, perfurou o pulmão, precisou passar por duas cirurgias. A vítima ficou internada durante 11 dias e agora segue se recuperando em casa.
Família pele justiça
O marido dela, Alessandro Andrade , destaca que o motorista do carro que atingiu a esposa não prestou socorro após o atropelamento e diz que o condutor deixou a mulher “para morrer”.
“Ele simplesmente deixou a Valéria para morrer e foi embora. A Valéria tem um metro e oitenta, 70 quilos. Ele [atropelamento] mexe com ela como se fosse um papel, faz ela dar um giro de 360 graus no ar e joga ela a mais de 15 metros de onde pegou. Ele só freia o carro depois de 20 metros de onde atinge ela. A esposa [do condutor] desce do carro com uma criança, o condutor não coloca o rosto para fora do carro ,ele não esboça nenhum tipo de reação”, comentou o engenheiro agrônomo, com base nas imagens que mostram o atropelamento.
Nas imagens de câmeras de segurança é possível ver que a mulher estava lavando a calçada de uma rua, quando um carro a atropela. Após o atropelamento, o carro para e duas pessoas descem para ver a vítima, mas entram no veículo novamente e saem sem prestar socorro.
“Que ele seja responsabilizado para que ele não cause pra ninguém o sofrimento que ele está causando para a gente. Ela está tendo uma recuperação lenta, já foi dito isso para a gente. Essa recuperação passa por fisioterapeuta todo dia, passa por acompanhamento psicológico porque ela está muito traumatizada, passa por enfermeiros 24 horas. Isso tem um custo altíssimo. Mas, nesse momento, a preocupação é a saúde dela. E que essa pessoa fique conduzindo mais veículo na rua para não causar isso”, contou.
O atropelamento aconteceu no bairro Vila Nossa Senhora Aparecida em setembro, mas o vídeo do momento do atropelamento só foi divulgado esta semana.
Veja o vídeo do atropelamento:
Fonte: G1