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Justiça de SP rejeita denúncia contra Adrilles Jorge sobre acusação de saudação nazista

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A Justiça de São Paulo recusou a denúncia feita pelo Ministério Público contra o comentarista político ex-BBB Adrilles Jorge. A informação foi divulgada pela primeira vez pelo UOL.

“O contexto evidencia que o gesto nazista foi a maneira não verbal do denunciado de reafirmar os argumentos anteriores [feitos durante o programa] no sentido de que o nazismo foi menos ruim historicamente que o comunismo, revelando, pelo gesto, a própria preferência dentre os regimes”, disse a promotora.

O juiz Marcio Falavigna Sauandag discordou da argumentação. Na decisão em que recusou a denúncia, o juiz disse que, durante o programa, Adrilles fez um discurso “amplamente desfavorável” ao nazismo, ainda que tenha afirmado que o comunismo foi muito pior. “Tanto é verdade que, durante a fala de um colega de discussão, ele disse que ‘infelizmente’ ainda existem movimentos neonazistas”, disse o juiz na decisão.

O magistrado disse que o gesto, ainda que “abjeto e asqueroso, não pode ser pinçado e isolado do contexto que o antecedeu”. Segundo o juiz, não houve “dolo”. Adrilles, na avaliação do magistrado, não cometeu “uma ação livre e consciente tendente a difundir a ideia de segregação ou superioridade entre seres iguais”.

O comentarista foi demitido em 9 de fevereiro, depois de fazer um gesto similar ao da saudação nazista “Sieg Heil” durante debate no programa Opinião, da Jovem Pan News. Em comunicado lida no ar durante o programa Jornal da Manhã, a emissora repudiou o caso e disse que as opiniões de comentaristas “não refletem as posições do grupo Jovem Pan”.

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