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Mês da Mulher: Procuradoria Especial da Mulher de Jacutinga realiza Caminhada Pela Vida “A Violência Gera a Morte”

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Da Redação Rodrigo Matarazzo | Fotos Caio Rafaelli e Sheila Araujo

Na Tarde de ontem quinta-feira, 24 de março, a Procuradoria Especial da Mulher de Jacutinga realizou uma caminhada alusiva o Mês da Mulher. A Caminhada teve como objetivo principal, a Conscientização das Mulheres pra a Violência Doméstica “A Violência Gera a Morte”.

A Caminhada foi idealizada pelas Vereadoras Sheila de Araujo e Paola Muniz, que são as responsáveis pela Procuradoria Especial da Mulher. A ação contou com um bom número de mulheres e também contou com a participação e apoio de homens de Jacutinga.

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O ato contou com o apoio da Prefeitura, Câmara Municipal de Jacutinga e Polícia Militar.

A concentração e saída da Caminhada foi na Praça Francisco Rubim e de lá as mulheres caminharam até o Lago Municipal onde as Vereadoras levaram uma mensagem as Mulheres e após as falas aconteceu algumas ações do Programa Saúde em Movimento, da Secretaria de Saúde de Jacutinga.

Durante todo o trajeto, foi feito um ato de conscientização dos diretores das mulheres, bem como proteção e valorização das mesmas.

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Em suas redes sociais a Vereadora Sheila Araujo falou um pouco sobre essa ação importante de conscientização as mulheres jacutinguenses.

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“Caminha a favor da vida, porque toda violência gera morte, as vezes não a física, mas da alma. Luto por dias melhores, luto pelas mulheres, pela vida, chamo os homens de bem para abraçar nossa causa. 16 mulheres são agredidas por hora em nosso estado, 391 passam por algum tipo de constrangimento por hora. Lutamos por dias melhores. Agradeço Caio Raffaelli, Sarney Marques, Polícia Militar, Ebinho Som, Timóteo Braga, Karina Trevisan, Araujo Melquiades, Toninho Roque, Secretário Niusinho por organizar o lago e todas as mulheres presentes e que nos apoiaram, minha gratidão”, agradeceu.

A Vereadora Paola Muniz também fez referência a essa 1°caminhada contra a violência das mulheres em Jacutinga.

“Em nome da Procuradoria das Mulheres, quero agradecer a cada um que teve convosco nesta tarde em luta das mulheres. Agradeço ao Caio Raffaelli, Timóteo Braga, Karina Trevisan ao Tenente Fernando e os Policia Militar. Também agradeço ao Sarney Marques, Programa Saúde Em  Movimento, Prefeito Araujo e ao Vice-Prefeito Toninho Roque por estarem nessa grande missão. Muito Obrigado”, disse a Vereadora Paola.

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Vale frisar que:

"Agressões podem ser físicas ou psicólogicas, mais ambos são graves e podem acabar com a vida da Mulher!”

Sobre a Violência Contra as Mulheres em Minas Gerais

A dura realidade da violência contra a mulher em Minas Gerais foi revelada, com números alarmantes, pela delegada-chefe adjunta da Polícia Civil de Minas Gerais, delegada-geral Irene Angélica Franco e Silva Leroy, no dia 30 de dezembro de 2021.

Em todo o estado, de janeiro a outubro do ano passado, foram registradas 130.178 ocorrências.

O total de feminicídio tentados ou consumados foi de 287, somente no primeiro semestre de 2021. Do total de casos, 61% foram concluídos com indiciamentos. O restante está em investigação.

Somente em Belo Horizonte, a média é de 639 ocorrências, por dia, para cada grupo de 100 mil mulheres. 

As cidades com maior registro de ocorrências até outubro são: Sete Lagoas (796); Patos de Minas (791); Vespasiano (785) e Uberaba (771).

A delegada chama a atenção para o fato de que, quando acontece a denúncia, ou seja, a vítima procura a delegacia

a mulher pode se considerar protegida. O total de pedidos de ajuda, no entanto, é muito pequeno, segundo ela.

“Hoje temos 90% dos casos sem medidas protetivas, ou seja, a mulher não procura ajuda da polícia. As estatísticas mostram que, quando se procura pela medida protetiva, os casos de morte são quase inexistentes.”

Na tentativa de aumentar a proteção à mulher e combater a violência doméstica e familiar, a partir de fevereiro deste ano, a Polícia Civil passou a classificar as Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher, que hoje vão do nível 1 ao cinco, sendo que o último é o considerado ideal.

“Isso se faz necessário porque visa a melhoria no atendimento à vítima mulher. Temos, hoje, no nível 5, duas unidades, ambas em Belo Horizonte. No nível quatro, em cidades do interior, nas diversas regiões, são 29 unidades. No nível três, são 35 unidades. No dois, uma unidade e no um, duas”, informa a delegada.

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O nível cinco, segundo ela, leva em consideração se a Deam tem uma unidade própria, especializada apenas no atendimento à mulher. “Ou seja, tem instalações próprias para isso. A unidade de nível um, por exemplo, está menos estruturada, funciona numa delegacia que atende a todos os outros tipos de crime. Assim, a cada nível que a unidade se estrutura, ela sobe na classificação.”

Recentemente, segundo a delegada Irene Angélica, três unidades subiram de nível, em Muriaé, Juiz de Fora e Poços de Caldas, que são agora do nível quatro. Em Belo Horizonte, a defesa da violência contra a mulher recebeu um importante reforço, com a criação, na Câmara Municipal, de uma unidade de acolhimento e orientação à mulher em situação de violência.

“Temos feito visitas a todas as unidades, para fazer um diagnóstico real das condições e instalações. Será sempre assim, para que possamos continuar a evoluir na questão de combater a violência contra a mulher e pode dar mais segurança às vítimas”, diz Irene.

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