A queda de um balão no pátio do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, causou a paralisação das operações por nove minutos na manhã deste domingo (20). As equipes da concessionária atuaram rapidamente para recolher o material, o que não provocou interferência ou gerou riscos nas operações, que foram normalizadas às 8h49.
Em um vídeo publicado nas redes sociais, é possível observar os funcionários do aeroporto tentando desviar um dos balões das aeronaves estacionadas no pátio e de um caminhão de combustível. No momento em que o artefato chega ao solo, uma fumaça cinza sai por baixo.
Por mais que no Brasil a soltura de balões seja crime, ainda é frequente esse tipo de prática. Em 2020, a concessionária contabilizou mais de 33 ocorrências com balões. Em 2021, foram 44 registros.
Prática comum
Segundo o Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), é estimado que 100 mil balões são soltos no Brasil por ano. Os estados do Rio de Janeiro e São Paulo lideram as estatísticas de avistamentos com balões não tripulados de ar quente, seguidos pelo estado do Paraná.
Ao sobrevoar centros urbanos, o balão causa risco a milhares de vidas. Dependendo de como foi construído, o balão pode ser ingerido pelo motor da aeronave ou até mesmo danificar alguma parte da estrutura do avião, no momento do impacto.
No entanto, como se trata de prática ilegal, com amparo previsto em lei, a soltura de balão é repreendida também pelas Secretarias de Segurança Pública Estaduais, pelas autoridades policiais e demais órgãos de defesa civil.