O governador Romeu Zema acompanhou, nesta segunda-feira (10/1), os trabalhos e ações da Defesa Civil, do Corpo de Bombeiros, da Polícia Militar e Polícia Civil na operação de resgate e identificação das dez vítimas do desmoronamento de parte de um cânion no Lago de Furnas, em Capitólio, no Sul de Minas. As dez pessoas que perderam a vida estavam na mesma lancha chamada “Jesus", a mais atingida na tragédia.
Após encontrar com os profissionais empenhados na missão de resgate no Centro de Comando da Operação, montado no Clube Náutico Engenheiro Mauro Ferraz, no município de São João Batista do Glória, o governador conversou com a imprensa.
O chefe do Executivo prestou solidariedade aos familiares das vítimas e destacou a atuação das Forças de Segurança de Minas Gerais, que estão mobilizadas desde os primeiros momentos no local. Os agentes estão empenhados no atendimento e apoio às vítimas, ações de resgate e resposta, além da identificação e apuração das causas e danos provocados pelo deslizamento.
"Lamento muito a perda das dez vidas que ocorreram aqui, nesse último sábado (8/1), de uma maneira que foi totalmente atípica. Quero também agradecer a todas as instituições que participaram da operação: a Marinha, o Corpo de Bombeiros, a Defesa Civil e os voluntários que estiveram juntos, ajudando. Nesse momento, menos de 48 horas após a tragédia, já conseguimos resgatar e identificar as dez vítimas. Agora já não falamos mais em nenhum desaparecido e também em nenhuma vítima não identificada, então fica aqui também meu reconhecimento à Polícia Civil por essa agilidade que acaba dando conforto às famílias", disse o governador.
Ainda de acordo com o governador, o acidente era algo inesperado e imprevisível. "Sabe-se que aquela estrutura nunca no passado foi acometida por fato semelhante a esse que ocorreu no dia 8 de janeiro, sábado. Ou seja, se o desmoronamento do pilar rochoso que acabou, infelizmente, atingindo uma lancha tivesse acontecido durante a noite, em um outro momento, muito provavelmente a situação teria sido muito diferente da atual. É algo que não sabemos. Mas sabemos que, a partir de agora, é uma região sujeita a risco, e que vai merecer análises técnicas de geólogos e de pessoas que podem fazer uma análise e colocar ali um nível de risco", disse.
Romeu Zema destacou ainda que medidas mais rígidas possam ser adotadas. "Dependendo das chuvas intensas, como nesse momento, que causam o rompimento dessas rochas em determinadas épocas do ano, e dependendo da intensidade da chuva, o acesso à região não deverá ser permitido. Nós queremos viabilizar o turismo com segurança", finalizou.
Operação e investigação
Todas as dez vítimas foram localizadas e identificadas pela Polícia Civil e liberadas para que as famílias possam se despedir dos parentes de forma digna.
Após o término da identificação e liberação das vítimas, a investigação entrará em uma segunda etapa, cujo objetivo será apurar as causas e responsabilidades do ocorrido.